4 de dez. de 2008



E quando menos esperava, estava trancada em um banheiro chorando. Aquela dor no peito, fazia tempo que não sentia. Se olhou no espelho e não reconhecia mais nada do seu rosto, estava vermelho e inchado. Jogou uma água, saiu do banheiro e desceu as escadas, tinha que pegar um ônibus, mas estava sem forças pra ir pro ponto. Queria sentar um pouco, mas não queria encontrar ninguém, então resolveu ir pro ponto mesmo assim. Sentou e esperou por 40 minutos. Chorava muito e um homem perguntou se ela precisava de ajuda. Não, estava tudo bem! Chegou em casa, queria gritar, queria arrancar aquela dor do peito, mas não podia, resolveu tomar um banho e parar de chorar. Sua cabeça estava dando voltas, ela só queria que o dia acabasse.
O dia acabou! E tudo que restou foi o vazio, o nada.
Nem medo, nem calor, nem fogo!
.
"Você que inventou a tristeza
Ora tenha a fineza
De desinventar"

4 comentários:

Shagaly disse...

Oi, querida!!!

Obrigada pelos comentários. Quando quiser olhar, pode ficar à vontade...

Muito bom seu texto! Adoro essas histórias.

Bjs!

Elton Rosa disse...

adoro a filosofia oriental, o yan yang... Eles têm razão, as nossas vidas nunca é constante, quando a gente tá bem, vem algo e faz tudo ficar mal e vice versa, mas tá aí a graça da vida, a mutabilidade, imagine se todos os dias fossem sempre iguais, só coisas boas, ia ser um saco...

bj

Dan

Raisa Bastos y Rodrigues disse...

vão pagar - e é dobrado - cada lágrima rolada nesse seu penar.
depois eu quero saber o porquê.

Victor Moraes, disse...

amanhã há de ser outro dia'