10 de mai. de 2011

Fuga

Só nós dois entediamos o motivo de estarmos juntos, ele, claro, não precisava explicar nada a ninguém, mas eu era questionada o tempo inteiro. Ninguém entendia o porque de eu ter me metido naquilo. Mas a verdade é que eu fiquei com ele porque eu sabia que ele não se apaixonaria e consequentemente não se magoaria. Ou pelo menos era o que eu queria acreditar.
Mas o que era pra ser só diversão, acabou virando visitas constantes, beijos em público, passeios de mãos dadas e palavras um pouco mais doces. Eu nunca tinha sequer considerado a possibilidade de me apaixonar por ele, mas foi o que aconteceu. Naquela época, fugir de paixões era a minha maior especialidade e foi o que eu fiz: simplesmente fugi.
Só muito tempo depois nós conversamos sobre aquela época. Ele disse que tinha se apaixonado por mim, que ainda era apaixonado e que queria me ver. Eu tinha esperado bastante tempo pra ouvir aquilo e quando ele disse eu fiquei confusa, mas concordei em encontrar com ele. Mas na última hora eu perdi a coragem e não fui.
Eu achei que já tinha acabado o tempo de fugir de paixões, mas parece que isso ainda é o que eu faço de melhor.
Talvez ele tivesse razão quando no dia seguinte me disse que poderia ter sido diferente, que a culpa de não ter dado certo é minha, mas é melhor assim. É mais seguro ficar sozinha.

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