9 de abr. de 2010


Parecia que o tempo tinha parado desde a última vez em que eu estive ali. Tudo estava igual.
Crianças correndo pela rua, mulheres sentadas na porta de casa conversando com as vizinhas, homens bebendo e rindo no boteco da praça, um pai olhando um filho brincar no velotrol, três pessoas jogando dominó debaixo da árvore e o rio corendo manso ao fundo.
Nada mudou.
Eu tive a sensação de que finalmente eu estava voltando para a vida real, pra minha vida real. Só ali eu consigo viver cada momento e cada detalhe.
Em Salvador é tudo muito rápido, muito misturado, é dificil perceber os pequenos detalhes do dia-a-dia, é como se eu entrasse em uma espécie de transe e me colocasse no piloto automático, eu posso ver uma mesma coisa todos os dias sem me dar conta de que ela está lá.
Quando eu voltei pra tranquilidade e simplicidade daquela cidadezinha, eu saí do piloto automático e fiquei muito satisfeita por saber que continua tudo nos seus devidos lugares. Ou pelo menos quase tudo, faltou meu avô me esperando na sala...


Acabou o fim de semana e eu tive que voltar pra casa, liguei meu piloto automático e voltei a minha velha rotina, mas guardando em mim cada pedacinho desse pequeno paraíso.

Um comentário:

MaryC. disse...

O mundo nos leva a viver na rotina, tudo acontece ao nosso redor, mas nem nos damos conta e quando vamos à outro lugar essas "pequenas" coisas não tão pequenas nos roubam a atenção de uma forma tão incrível que achamos que são fora do normal, que a gente merece mais, que é de coisas simples que a gente precisa pra ser feliz!